Poema: Transmutação
29 de Setembro de 2015
Preciso desse amor beber.
Desse amor que trazes recôndito
P’ra que jamais vivalma o deixe florescer.
Careço esgarradamente desse amor maldito!
Rosas quebradas no meu âmago,
Tulipas cheias de nada que aconchego,
Desejo apenas a noite abençoada
Pelo sol que brilha em segredo.
Vem até mim alvorada perdida,
Vem até à tua dona insensata!
Que nesta noite desprendida,
A ti se sente ad aeternum grata.
Ouso desse insano amor tragar.
Atrevo-me cheia de intento.
Consente à rosa transmutar!
Que não seja derruída p’lo vento!